Você sempre foi ansiosa?

Oi! Tudo bem contigo?
Já falei muito sobre a ansiedade e algumas alternativas que possuímos para gerenciar melhor esse mal que geralmente, é uma das maiores dificuldades no emagrecimento.
Mas porque está tão presente na sociedade atual? Será que a ansiedade, da maneira como está sendo manifestada, sempre existiu?
Percebo, em muitos momentos, que existem “desculpas” mais aceitas socialmente, entende? É mais ou menos assim: existem aspectos de personalidade que são aceitos e até valorizados atualmente e realmente considero que a ansiedade é um deles.
Mas o que está por trás desse sintoma? Através dos grupos e de anos de atendimento, pude perceber que algo está “escondido” por detrás da ansiedade, que muitas vezes é a maior justificativa para a dificuldade de emagrecer, ou do comportamento de alimentação compulsivo e é sobre isso que quero falar contigo hoje. Sobre as causas que podem estar desencadeando esse comportamento. De maneira nenhuma, estou dizendo que a ansiedade não existe, claro que sim, mas em muitos casos é a manifestação de algo maior, é um sintoma com outra causa, entende?
Então vamos lá:

1) Compulsão: comida como compensação (o que está faltando e o que faltou no passado?). Comida serve de remédio para mal emocional, sentimento e falta. Maioria das pessoas obesas ou com sobrepeso comem para aliviar angústia, insegurança, tristeza, sentimento de falta, entre outros.


2) Perdas: podem ser passadas, como morte, pai não “olhar”, nascimento de irmãos; ou presentes: não é realizada profissionalmente ou afetivamente provoca uma sensação de perda.


3) Comida como expressão de afeto familiar (mãe que mostra carinho e amor através da comida). Comer está conectado com afeto. As vezes deixar de comer é muito difícil, porque parece que está traindo questões familiares.


4) Pertencimento ao grupo social: conexão com a família, parece que está traindo quando começa a emagrecer, referenciando a origem. Como referenciar a família de origem trazendo a novidade e não reproduzindo a limitação?


5) Muitas vezes, temos a comida em excesso para agradar pai e mãe. Falas da mãe: “olha como ele come bem, olha que lindo…”, ficam internalizadas ao longo da nossa existência.


6) Fuga afetiva sexual, problemas com sexo oposto: não confia em homens, causa de traumas como abuso sexual. Muitas vezes, as mulheres utilizam a gordura para se proteger do olhar sexualizado do sexo oposto.


7) Proteção de filhos: agora casei com filho e com comida.


8) Fuga da beleza: vergonha de chamar atenção.


9) Fuga de problemas com amigos, familiares e cônjuges. Ela chamava mais atenção no passado do que as amigas ou irmã. Engorda para não interferir na relação.


10) Apego a auto imagem atual: afeto com sua forma física. Quando emagrece, estranha (“não sou eu”, não se identifica no novo corpo).


11) Valorização do prazer através da comida. Prazer no topo da hierarquia dos valores (“eu vou me privar?”). Maioria das pessoas com biótipo magro escolhe aquilo que o organismo precisa naquele momento e não o que quer.


12) Ideia de emagrecimento relacionada a sacrifício, a restrição.

Agora, quero saber: tu se identifica com alguma dessas situações?
No teu caso, o que pode estar boicotando o processo de emagrecimento que tem sido denominado de ansiedade?
A partir dessa autoanálise, gostaria de te propor: o que você decide fazer com o que pode ter aprendido sobre si mesma?

Até mais!

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